como saber a hora de mudar de rota?
e o que fazer quando essa hora chegar.
tenho uma amiga, vamos chamá-la de Julia. Julia decidiu sua profissão quando ainda era uma criança. a vida inteira falou que seria médica veterinária e nunca, nunquinha, questionou essa ideia (que foi alimentada por pais e professores, orgulhosos da decisão tão precoce). até seu retorno de saturno.
um belo dia, uma quinta-feira qualquer, ela percebe uma sensação nova, desconhecida, no cantinho. algo não está certo. vontades novas começam a surgir sorrateiramente (uma viagem descabida para Córsega que ela nunca imaginou querer, um interesse por crypto moedas, e “como seria viver em uma cidade maior?"), ela já não “se entende” com seu cabelo, puxa brigas bobas com o parceiro…
não saber de onde isso tudo vem, gera uma inquietação imensa dentro dela que só espalha o desconforto para todas as áreas da vida. talvez não quisesse admitir para si mesma que não estava completamente feliz. mesmo grata, mesmo depois de lutar pelo seu diploma e chegar na carreira dos seus sonhos de menina. como? como admitir que a carreira que escolheu na infância não a fez 100% feliz, e agora a vida parece estar desencaixada?
a única forma de descobrir seria tirar a carreira do lugar imenso que sempre ocupou em sua vida. e a partir do vazio, começar a descobrir o seu próprio tamanho.
🎧para deixar sua leitura ainda mais gostosa e temática
você com certeza já leu sobre o fato de que o Universo está se expandindo. e se você é uma alma curiosa e inquieta como eu acredito que seja, provavelmente você tenha se perguntado “pra onde?”. eu me perguntei diversas e diversas vezes. porque até onde a gente sabe, as coisas só conseguem crescer quando existe espaço em volta pra isso, certo? sim. está certo esse raciocínio. o problema é que limitamos nossa visão para o espaço físico. aquele palpável e visível.
o Universo, contrariando tudo o que nossa imaginação consegue produzir, se expande em si mesmo. assim como nossa consciência.
abrindo espaços invisíveis para mudanças concretas
segundo o princípio da impenetrabilidade da matéria, dois corpos não ocupam o mesmo espaço no mesmo momento. e é realmente muito fácil perceber isso quando estamos organizando nossos armários ou tentando encontrar aquele espaço na agenda para encontrar as amigas.
a dificuldade, no primeiro caso, é o desapego. ficar só com aquilo que spark joy¹ quando tudo parece que spark joy requer uma sensibilidade refinada. no segundo caso, a dificuldade é a vida adulta dentro do capitalismo mesmo. para ambos os casos, sabemos exatamente quais peças mudar de lugar para que obter o encaixe.
mas e quando falamos de consciência?
se você faz ou já fez terapia (o que recomendamos fortemente), você provavelmente já descobriu crenças e certezas que não fazia ideia que existiam. ou pelo menos ainda não tinha percebido o quanto eles te atrapalhavam de dar o próximo passo. esse é o caso da Júlia.
recado importante:
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quando crescemos mais do que aquilo que determinamos para nossa vida, é urgente que a gente mude de lugar. fisicamente, o espaço é o mesmo. mas dentro de você, você sabe o quanto viver dessa forma te aperta.
perceba que, por mais que a nossa consciência não seja material, ela também precisa de mais espaços para se expandir. e só conseguimos abri-los quando escolhemos enxergar o que ocupa nosso inconsciente.
às vezes você está resistindo a um processo de mudança não por preguiça ou medo, mas por ainda não enxergar que tem algo ocupando aquele espaço.
para mudar isso, você vai precisar se investigar com compaixão e paciência. modificar crenças e hábitos não é tão simples quando organizar a geladeira. mas primeiro é preciso ver o que está onde não devia. e depois que vê, não dá para desver. só então a faxina começa.
a consciência, assim como o universo, se expande em si mesma. ela não é matéria. mesmo assim, nós só permitimos esse movimento quando escolhemos ativamente descobrir o que ocupa cada espaço e abrir mão do que nos faz permanecer pequenas.
para crescer, é preciso abrir espaços visíveis e invisíveis dentro de si. descobrir novas possibilidades, caminhos e prazeres vale cada desafio do processo. com as ferramentas certas, um acompanhamento atento e generoso e com você sendo sua maior aliada, eu te garanto que será tão divertido quanto faxinar a casa ao som da sua playlist favorita.
aliás, compartilha com a gente aqui nos comentários qual a música que você mais ama ouvir na hora da faxina? quem sabe montamos uma playlist para inspirar vocês no processo…
🫧e por falar em Faxina…
a Faxina Anual do Ritual Diário já começou! e se você está lendo esta newsletter, provavelmente já recebeu os primeiros desafios. mas caso você tenha caído aqui de paraquedas e não faça ideia do que estou falando, calma que eu te explico.
a Faxina é um ciclo gratuito de exercícios de 21 dias feitos para te conduzir a abrir espaços para construir o novo com leveza e amor ao processo.
para participar, é só estar inscrita nesta newsletter que você receberá todos os dias um e-mail sinalizado! e para conferir os desafios que já rolaram, clique aqui.
por hoje é só!
nos vemos em breve!
Alta Presença
Tenho muitos moods pra faxina. Mas essa leitura me fez pensar em "Máscara" da Pitty. Essa é pra aqueles dias de faxina pesada, tirar tudo do lugar, jogar coisas fora... amo!! E, no caso da faxina do subconsciente, acho ainda mais pertinente rss
Como gostaria de será pessoa que gosta de fazer faxina, talvez mude com este processo que estamos fazendo aqui! Happy é uma das músicas da minha playlist faxina!